Tal qual Chico.
Mas tal sonho foi dionisíaco.
Em meio às suas costas, eu procurava as respostas.
Meu corpo se enchia do céu.
Suas pernas num labirinto.
Achava seu fim.
Abrasada a noite.
Passei minha ponte, seus toques me faziam um poeta.
Sua graça, tirava meu sério.
E tua voz dizia coisas.
Coisa que minha valente vida se desarmou.
Fatal saber que era um bem-me-quer. Entre dous.
Normal era saber que eu podia ser feliz.
Chamava até aquele lugar de nossa cama.
Caí da cama, sorri para o espelho.
Segui meus passos.
Hoje eu sonhei contigo, dor.
Minhas momices sem par estavam a mil.
Incontáveis cigarros. Isqueiro amarelo.
Doses e doses.
Desora para estar aqui.
Foi a sádica conversa das seis da tarde.
Incrédulo.
Seus olhos tinham outro par.
Sua conversa, diverso sotaque.
Teu coração, outro lugar.
Refuguei. Não lutei.
Minha covarde vida se manifestou.
Valia a discórdia? Uma crise de nervos?
É só pensar que não deu.
Ter peito de pedra pra seguir adiante.
Caí do cavalo, chorei para o cinzeiro.
E não pude acordar.
Em Fenacistoscópio. Abril de 2009.
9 Andarilhos:
Ficou interessante, muito bom!
Abraço
na minha singela (e suspeita) opinião um dos melhores textos do Quadro. =)
"Caí do cavalo, chorei para o cinzeiro"
perfeito!
e tenho dito!
Lindo!Adorei!
Um texto que toca,encanta...
bjsss
hummm, mais-que-perfeito
- ah se o cinzeiro ainda me ouvisse, ele agora engole seco minhas reclamações, e ainda manda eu calar a boca.
uau!
gostei.
"tem sonho que parece verdade..."
Sorte ou azar? É a Vida mesmo.
inté
Nuuuuu...
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