O dia em que encontrei a mudernidade na Rua Augusta


Como mulher muderna que sou, sempre tentei seguir as melhores tendências das altas paneladas da sociedade. Então, me bandiei para Rua Augusta, o celeiro da mudernidade paulistana. O lugar onde todas as tribos (no sentido Rede Globo de Televisão da coisa) se encontram. Um lugar hype, hippie e puto ao mesmo tempo. O sonho de qualquer ser em transformação, por isso queria me sentir parte desse momento contemporâneo da minha cidade.
Mas já que essa experiência era tribal (no sentido Rede Globo de Televisão), resolvi realizar com outras mulheres. Resolvemos subir a partir do centro toda a Rua Augusta, observando o modo de agir das pessoas que se propuseram passar a noite de sua querida sexta-feira ali. E fiquei tentando refletir o porque que: pessoas ditas alternativamente mudernas, tretavam para a conquista de uma das sujas mesas de sujos botecos com cheiro de pernil frito em busca de uma fatídica cerveja Itaipava.
Antes de maiores reflexões, consegui observar isso de uma maneira nunca dante imaginada por mim: a partir de minhas amigas tribais. Enquanto eu seguia o caminho da roça rumo ao topo da Rua Augusta, as garotas da minha tribo apontavam seres e faziam comentários. Sim, seres até de outras tribos (no sentido Rede Globo de Televisão) e comentavam sobre os apontados. Assim, participando de tais comentários, me senti parte presente da mudernidade daquele local e, entendi porque depois tivemos que tretar para conquistar uma das sujas mesas de sujos botecos com cheiro de pernil frito em busca de uma fatídica cerveja Itaipava.
Uma vez fui conhecer uma cidade do interior. Quando era sexta-feira ou sábado, todos os hypes, hippies e putos da cidade ali se reuniam na praça da igreja e ficavam se apontando e fazendo comentários. Lição de Hoje: mulher muderna, não tenha medo de mudar os seus picos. Saiba que onde você estiver, a mudernidade estará com você em busca de uma treta para conquistar uma das sujas mesas de sujos botecos com cheiro de pernil frito em busca de uma fatídica cerveja Itaipava.

10 Andarilhos:

Marcel Hartmann disse...

Droga, sou de Porto Alegre.

Glaucovsky disse...

A augusta é mais uma rua eleita como sendo hype. Queria saber quem vota e quem conta os votos!

Se7e/5 disse...

Aqui o se7e/5 vai oferecer-lhe um comentário útil e não essa merdice de favor que essa gentinha espalha por aí. Será que você merece? É uma dúvida fodida, mas, aqui o se7e/5 vai mudar seu pensamento, vai ativar seu cérebro. Se não sentir qualquer mudança, é porque seus últimos neurônios já eram.
Muito lindinho, mas inconsequente. Sem aquela profundidade útil. Apenas mais do mesmo. Aqui o se7e/5, vai mais longe, pretende espicaçar vossos neurônios preguiçosos. Aqui o se7e/5, vai mais longe, pretende espicaçar vossos neurônios preguiçosos. Abrir vossa fé de alto abaixo. Obrigar-vos a revelar o que de muito útil existe em você, caro lindão. A lindona também não é de deitar fora; muito lindinha mesmo. Bem, mas vamos ao que interessa:

“A cultura é uma merda cansativa. Ter de saber tudo ou, pelo menos, mais do que os outros, não deixar cair a “pena”, manter a noção do texto corrigido antes de o escrever. Estar permanente sóbrio num estado de embriaguez, quando apetece vomitar sobre os intelectuais de novela da hora nobre. E em nós também. Por que não suportar propostas políticas aliciantes, intelectuais e corrupção?
Ao serviço do poder, do partido, dos lados ou das cores; qualquer desculpa serve o propósito. E a cultura é apátrida! E conservar a imagem de personalidade do ano, como tias “estafermadas” sem corpo, sem neurônios, sem vergonha na plástica e a cultura que se foda! Estes intelectuais transpiram diferença e indiferença, inspiram o oxigênio do euros, dólares e reais e a expiração tem o curto prazo de um governo eleito. Sem tempo para respirar, porque a cultura é asfixiante , porque ler um livro não basta, nem milhões de livros garantem uma cultura de se lhe tirar o chapéu. Uma chapelada. Não há tempo para respirar cultura! Apenas se aguarda uma cajadada no lombo porque o pastor se aproxima para escolher uma ovelha ranhosa para o sacrifício. As ovelhas ranhosas são perigosas, tal como as ovelhas brancas em rebanhos de ovelhas negras. As negras também se abatem mas, antes da prática carniceira, são discriminadas.
Não há ovelhas negras em governos Brasileiros. Talvez haja. Jogados a um canto escuro a coberto da noite, onde permanecem até a aparição servir uma conveniência branca. Tal como qualquer outro rebanho. Tal como as tias e descrentes que se movem em espaços virtuais, pastando como ovelhas negras, frequentando círculos próprios onde se isolam em divagações de alta sociedade, cuspindo disparates que os fazem dormir mal e acordar pior.
A cultura do sec.XXI é uma mescla de economia global, política dominante e apropriação intelectual ao serviço da proliferação da miséria e sofrimento, como factores de revitalização permanente dos esgotamentos evolutivos periódicos. Correr sem sair do lugar. O conhecimento corrompido, a cultura de almanaque, jornal desportivo e leitura alcoviteira do jet-set, remete para o conhecimento desenraizado do progresso democrático sob a égide de um Estado de Direito, mas sem qualquer ética como regra.
O fantoche intelectual é uma realidade que descansa na palma da mão e se equilibra no dedo acusador dos oportunistas sem escrúpulos, os poderosos, com objectivos de domínio global. A força dos dedos médios em riste, firmes. São estes fantoches que anestesiam e embalam as massas, mantendo-as desfocadas da realidade. Quando a dor se revela, esses intelectuais “blogosferam-se”; fogem para a lixeira inconsequente dos desabafos indignos.”

Isto é a BLOGOSFERA, na qual todos vós chafurdais, como porcos num chiqueiro. Se aqui o se7e/5 estiver errado, provem!

Ferdi disse...

Veio pra São Bernardo? A galerë Hipster/hype/muderninha está sempre na super pista de ésse cá oito, dando uns rolets.
Eu amo a Augusta, amo mesmo, but.. É, na verdade nunca tive que brigar por mesa fedida pra tomar minha limonada suíça, q

Ferdi disse...

Gente, esse ser que postou um texto como comentário.. alguém resume?

Umamutante disse...

Boa Glauko. Me deixou curiosa.

Marcelo Mayer disse...

sem contar as alas que se tem na augusta. dos frustrados intelectuais aos frustrados londrinos. passando por todo tipo de gente!

Vanessa disse...

augusta, augusta, augusta. todo mundo tem um cantinho nela.

Unknown disse...

sabe oq mais gosto desta maldita rua? quando quero sair sozinha, por fatalidade encontro sempre alguém por lá.

ótimo texto umamutante!

Anônimo disse...

Precisei aprender a encontrar a modernidade (ou seja lá o que for) em outras ruas de outras cidades ...